O Pedaço de Mim que Existe em Ti

Existia um pedaço de mim que só encontrei ao perceber que não passava de Tempestade sem água, Furacão sem ventania, Fogo que não ardia... Sem ti eu era como ação sem reação, verbo sem atitude, adjetivo sem qualidade, estava colorido de opacidade, um inverno em pleno verão !

Na doçura do teu olhar como um anjo a me tocar desabrochava em gestos todo meu desejo de te amar. No afago dos teus abraços eu sonhava acordado que acabava de me encontrar, no encanto dos teus mimos, sonhando como um menino, só sabia te adorar.

Foi ali que pude ver, o meu amor ao renascer, sobre ti repousar... Cada dia sem você, é como um ser que ao morrer, tem a alma a separar do corpo que o faz habitar. Eu sou o teu pedaço de mim como és o meu pedaço de ti. Somos a loucura da calma, a emoção da razão o desejo da canção...

A canção que eu busquei pra ti na intensidade do meu existir que se resume em “Permitir”...

Permitir-se amar, é deixar-se lapidar! Inebriar-se do sabor do amor. Doces desejos, suaves almejos, amargas lições, quentes e frias decisões. Entender o prazer de ser, saber onde se pode chegar e o que se pode alcançar... Permitir-se é transpor barreiras, romper limites, questionar o inquestionável, provar do improvável, viver o proibido. Qual o sabor da paixão? Que cor teria uma ardente tentação? Permitindo-se amar descobre-se que não há limites para os prazeres do coração completando-se no espaço do meu e do teu coração.

Raphael Blatt
Enviado por Raphael Blatt em 18/02/2011
Reeditado em 18/02/2011
Código do texto: T2800389