A META (RASCUNHO)

“A META”

Beleza exata

Com o qual, se ampara

E se prepara o cerco

Feita de ouro,

Feito de prata,

Convite que se trata,

Que idolatra,

À casta...

E a fartura

Que se passa,

Que salta

Em meio à minha visão

Em Campo Santo,

Efeito,

Fio manso

Entre a vastidão e a perdição

Reedição do medo

Em que me vejo

Novamente trêmulo à paixão

E compreendo

O empenho

De minha lida

À sua devoção

Debutar ao ressoar

De seus seios

Debruçar ao repente

Ao Léu de receio

De sonhos de um pretérito perfeito

Em um mistério de preceitos

Cálidos e róseos,

E laureados

Pelo céu de negridão

Negação e ação

Mansidão e esteio

Para esmero e furnicação

Ácido ávido e convidado

Sedentos à pérola

E em busrcar-se, emergir-se,

Artista...

Que peca

Pela certidão

De não se ter a beleza

Conforme a lei determina

Que recremina

Não trazê-la à vivenda

Tela névoa que se atira

Para que densa,

Afira

E se recupere

Em meu gélido coração

E sua eterna porção

que reconhece que cometo

Amar-se com o medo

E encarnar-se,

Sedento,

Sem remissão!

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 18/02/2011
Código do texto: T2799987