Rodrigo e Martina

Rô & Tina

tinham como rotina se amar,

sentiam falta um do outro

antes mesmo de acordar

Tina tinha uma graça

de que Rô não se cansava,

fosse de noite ou de dia

mesmo com a melancolia

que dava na hora do almoço,

naquelas tardes frias

em que não havia o alvoroço

do aumento do salário,

o que não virava rotina

Rô tinha a graça de ficar

com a mente quieta

até que Tina chegasse,

o coração batendo por vaidade

e não pela função vital

que o obrigasse a isso,

sempre que ela se atrasasse

Rô & Tina – o desenlace

de uma bela função conjugal

que tinha na rotina

a sua expressão capital

e que a tantos outros incomodavam,

sobretudo aos que achavam

que NÃO viviam bem!

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 17/02/2011
Código do texto: T2797138
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