Rodrigo e Martina
Rô & Tina
tinham como rotina se amar,
sentiam falta um do outro
antes mesmo de acordar
Tina tinha uma graça
de que Rô não se cansava,
fosse de noite ou de dia
mesmo com a melancolia
que dava na hora do almoço,
naquelas tardes frias
em que não havia o alvoroço
do aumento do salário,
o que não virava rotina
Rô tinha a graça de ficar
com a mente quieta
até que Tina chegasse,
o coração batendo por vaidade
e não pela função vital
que o obrigasse a isso,
sempre que ela se atrasasse
Rô & Tina – o desenlace
de uma bela função conjugal
que tinha na rotina
a sua expressão capital
e que a tantos outros incomodavam,
sobretudo aos que achavam
que NÃO viviam bem!