Um sonho a beira mar

Não faz muito tempo que minha irmã e eu junto com alguns amigos de curso

Oportunizado pela UFMT/CUR a poética e maravilhosa cidade do Rio de Janeiro

Emocionadamente nós tivemos a gostosa experiência e o prazer de conhecer.

E eu em busca de um sonho um magnífico momento

Do qual desde menino eu vinha calado perseguindo

De o céu e o mar de Copacabana poder conhecer.

Andar pela praia saboreando uma água de coco

E as vindas e idas das fortes ondas observando

Sobre os raios de um lindo e quente entardecer.

E a noite mansamente vem se acomodando

Nisto o céu vagarosamente vai sendo pintado

Com este cintilante azul-marinho celeste.

Se transformando num cenário magicamente perfeito

Com o luar em véu no mar se derramando de desejo

Sob os flex. Das mais belas estrelas fluorescentes.

Dando áquele instante um mágico sentido

E eu ali diante daquele mundo admirando

A água em sua ida e vinda molhando-me os pés.

Como se me reverenciasse neste mortal corpo

Que vai tentando se encontrar apesar dos medos

Deixando nas loucuras de amor se entorpecer.

Num gesto instantâneo a areia umedecida me entrego

E sinto essa seda imensa deste natural lençol me tocando

As minhas pálpebras serram-se lentamente a me adormecer.

Iniciando naquele exato momento um estranho arrebatamento

Sou transladado á outra praia onde alguém já estava me esperando

Uma figura feminina doce e meiga num olhar sedutor e evolvente.

Não sei como que o meu corpo foi acometido por um inesperado arrepio

Enfurecendo os meus pelos numa estranha sensação de contentamento

Nesta loucura gostosa como se eu estivesse vivendo um sonho alucinante.

E ela a quem vou denomina-lá de vida, pois o seu real nome eu ainda desconheço

Sublimemente com os seus suáveis passos como se numa passarela vem desfilando

Eu sentindo nos pulso o trocar dos seus passos Vindo na minha direção a me receber.

Ao passo que a vida de mim se aproximava sentia-me nervoso

Nas minhas duvidas de como tinha chegado ali me vi inseguro

Sem saber o que fazer ainda meio nostalgiado levanto-me.

Mas sentia que aquela feminidade não me era estranho

Só me restando apenas erguer os meus embaçados olhos

Na tentativa de ao menos aquele lindo ser reconhecer.

Todo aquilo ainda era-me muito diferente e novo

Mas de alguma forma já me sentia familiarizado

Embora me debatesse intimamente para entender.

Ela a vida completamente destemida já ali diante dos meus olhos

Amavelmente aconchegou-me em seus morenos e macios braços

Tranqüilizando minha atordoada alma como se há muito me conhecesse.

E eu sentindo suas suaves mãos tocando com delicadeza no meu rosto

Contornando as linhas externas dos meus sedentos e ressecados lábios

Como um pintor traçando a imaginária linha da sua obra calmamente.

Dando formas aos seus mais profundos e loucos desejos

Fazendo dos seus sentimentos artes nos seus sofrimentos

Descarregando com o pincel na tela sua dor ali presente.

E assim no encontro dos nossos olhos a minha inquieta alma penetrando

Como se descobrisse em mim não só um mundo, mas, o teu porto seguro

Ela vai me beijando entrelaçando nossas bocas num longo beijo ardente.

Naquela hora sinto o sabor do todas as variações do puro e louco desejo

Saciando toda a minha louca sede nestes lábios carnudos e vermelhos

Se eu tivesse a lambada do gênio pediria para aquilo tudo eternizar-se.

E para sempre ter esse sorriso de menina ao alcance dos meus olhos

Neste seu jeitinho de criança que do amor um presente vai esperando

Fazendo-me sonhar dando asa a sua imaginação naquele exato instante.

Sentindo suas mãos passeando lentamente num longo reconhecimento

Certificando neste caricioso passeio a exatidão deste meu suado corpo

Como se ela ao me tocar descobrisse na aridez da minha pele que sou carente.

E então a mim ela se entrega vivificando em nós este louco sonho

Me cobrindo com a maciez dos seus negros e perfumados cabelos

E nesta loucura envolvo-me como se o mundo tudo aquilo me fosse.

Mas de repente aquilo tudo que quero num segundo é desfeito

Sobrando-me agora somente a magia deste alucinado desejo

Deitado na praia de Copacabana a buscando neste céu estrelante.

Este foi o meu ilusório sonho a beira mar.

Obs, a parte ilusória deste sonho chama-se ‘’VIDA’’ O restante foi real.

Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Joabe o poeta
Enviado por Joabe o poeta em 16/02/2011
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