RIO MENINO

Cai a noite e um vento quente

Bate à janela da alma

Insistente

Raio a percorrer o corpo

Fogo a queimar o ventre

É você!

Emissário do louco desejo

Desnudando véus de pudor,

Sob as mãos, trêmulas carnes

Ofertório em taça de vinho e mel

Preso na garganta, o grito

Que nos eleva ao infinito,

Desatinado extravasar

Desaguando a paixão em íntimos mares,

Vibrante, intenso, forte

Feito rio menino!

**TEXTO REPUBLICADO.

Helena da Rosa

22.08.2012