DIGNA DOS VERSOS MEUS

Tu que habitas dentre as torres majestosas do castelo que sonhei

Nem sei por onde achar predicativos que te tornem bem descrita

Minha escrita é mero barro ante o mármore talhado na paixão que desenhei

Onde em pranto semeei para colher nos braços teus felicidade irrestrita!

Cada loucura dilatada nas pupilas desse meu obcecado olhar

Indesistível em te procurar, inapelável em seu argumentar a teu favor

É um canto de amor que nem sublime sinfonia lhe pode suplantar

Que eu atribuo à sedução de teu andar, cujo feitiço já me aprisionou!

Eu sou fiel apaixonado até por teu rascunho mais despercebido

Pois nele contemplo concebido a mais linda das feições

Até as matinais suaves irradiações, por ela tenho preterido

Posto que o amor que trago comigo nela sucumbe sem restrições!

E o que seria do hábil artista sem as pradarias que renascem em sua tela?

Tampouco eu sem ela teria logro pelas alamedas de toda poesia

Tal como o céu padeceria sem sol exuberante ou lua que se revela

Seria eu qual apagada vela, porque sem ela meu coração nem mesmo bateria!

*****************************************************

Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 15/02/2011
Reeditado em 25/03/2015
Código do texto: T2793162
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.