Um único Canto
Estou à espera do momento,
para pousar
em teus sonhos
para desatar suas mãos,
selá-las,
em beijos, em partes de mim
sem serem minhas ou suas,
descobertas
do que somos, do que seremos,
com os limites ausentes
distantes,
para que sejamos um,
O imaginar, e a ação
a sombra do sol
que sabe como nos cuidar
sem que os olhos se fechem,
e o brilho da lua,
que tem o semblante dos olhos teus
que sorriem sem me revelar o som que tem,
e contam mil segredos
e apenas um que guardado segue,
entregue ao teu coração
que também é meu,
Á espera, a sua espera
desejoso,
do teu colo sereno, repousar
que como o mais ardente céu
explode,
em profundas estrelas,
a cintilar, a produzir canto, silenciando
deslumbrando,
em meus olhos que te procuram,
flor – ametista noturna,
plenamente bela,
em que as qualidades, são só detalhes
ornamentos, entre seus cabelos que
entrelaçam,
encantam,
convidam
a te querer,