MEDO DE TI, MEDO DE MIM

Às vezes fico assim,
Asas inertes,
cabeça baixa...
É que estou apavorada com tanto sentir...

Tú me deixastes sem fôlego,
Puro brilhante esculpido pelo teu carinho,
E agora?
Temo o porvir...

Chegou momento de nos encontrar,
De nos tocar mais do que com palavras,
De nos entregarmos,
E nossas promessas...cumprir...

Mas, querido tú me és tão bom ouvinte,
Meu companheiro de tantas horas ao telefone,
Porque não fazemos um trato bem simples?
Deixemos tudo como está...nosso maior segredo.

Vamos viver nesta ilusão tão boa?
Onde somos só que nos falamos?
Onde só nossos sonhos se tocaram?
Porque não vou mentir...estou com MEDO!

Medo de o que sonhas eu não ser...
Medo que me recuses,
Que me esqueças...
Medo que me faz até doer...

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 13/02/2011
Código do texto: T2790030
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