CAIR DA NOITE

CAIR DA NOITE

Cái a noite lentamente,

no dia e no nosso quarto.

A luz do abajur vermelho,

ilumina teu corpo nú e premente,

que se encolhe e se arrepia de desejo...

E na penumbra nossos vultos,

como fantasmas em culto,

ávidos se procuram e,

aflitos se encontram...

e se alisam... se acariciam...

Apenas o engolir nervoso,

indica nossas presenças sedentas.

A quietude e o silêncio,

se quebram apenas,

pelos ruídos roucos,

das nossas gargantas secas...

O vermelho da luz, fraco e esmaecido,

nos retorce ainda mais as faces

e deixa a mostra, os desejos ardentes,

dos nossos corpos enlouquecidos...

Sergio Pantoja
Enviado por Sergio Pantoja em 13/02/2011
Código do texto: T2789583
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