CAIR DA NOITE
CAIR DA NOITE
Cái a noite lentamente,
no dia e no nosso quarto.
A luz do abajur vermelho,
ilumina teu corpo nú e premente,
que se encolhe e se arrepia de desejo...
E na penumbra nossos vultos,
como fantasmas em culto,
ávidos se procuram e,
aflitos se encontram...
e se alisam... se acariciam...
Apenas o engolir nervoso,
indica nossas presenças sedentas.
A quietude e o silêncio,
se quebram apenas,
pelos ruídos roucos,
das nossas gargantas secas...
O vermelho da luz, fraco e esmaecido,
nos retorce ainda mais as faces
e deixa a mostra, os desejos ardentes,
dos nossos corpos enlouquecidos...