FORÇA DO AMOR
Deslumbra, rasga, comove
Incendeia e nos locomove
A força do amor tudo move
Por vezes em viés sofridos...
Noutros alegres e queridos
Quem pode e não se sacode?
Com a sua sutil intensidade...
Que nos assalta e tanto maltrata
Entra quieto e te desbarata
Sais por aí feito barata tonta
Muda teu ânimo e te estremece
A gente fica que nem se parece
Se fizer feliz... Também o padece
Nem preces contem a sua explosão
Nossa cara vira a de um bobalhão
Que dizer do coitado do coração?!
Que força intrépida e tão danada
E o que fazer com as tuas pernas?
O suor das tuas mãos em excitação...
É tanta, mas tanta sua danação!
Ao mesmo tempo em que é bendita
É também prenúncio de maldição
Assim se dá essa tal força do amor...
Que é como barragem que explode
Em viagem plena de emoções
Quem não se queda a ela?
Ou se levanta ali perto dela...
Só nos resta fazer reverência
E prestar-lhe a devida obediência!
Hildebrando Menezes