PERCURSO
PERCURSO
O que procuro na noite
Que parece que nunca finda
Seria a minha flor em tua mão
Assim atrevida, assim delicada
Que ficasse eu despetalada
Como a primeira vez dos meus dias
Assim tão vermelha
Como a minha face ruborizada
Em todos os beijos
Do mundo
Assim tão devassa
Como o amanhecer
Que abraça
A lua que míngua
Derretendo fugaz
sonhos, qualquer caminho
assim tão cega
como qualquer gesto
do artista
sempre sempre
um pedaço dele
morrendo
Cíntia Thomé
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