Na noite fria, aconchego

Meus sonhos acalentados

Na ausência de teus braços.



Embala-os como se fosses

O ramo donde provenho

A raiz onde sustenho

Minha solidão, cansaços.



Que retumbem sons horrendos

Que relampejem os céus

De mil fulgores, que eu

Só na escuridão desvendo

Ninho e zelo, valimento...



A ti, meus sonhos entrego,

Embala-os nos teus braços!