CARNAL
Com a pureza do toque me apaixonei;
Dos teus lábios entorpeci;
Ao te beijar ,Ó veneno sadio!
Sinto você neste hálito sedoso;
E dos teus seios soltos e libidinosos,
Que despudorados lutam pela liberdade.
Amor, doença que engana;
A mórbida e desfalecida carne;
E como sentimento chama, que tão patética,
ainda reage.
Depois de tanto tempo estou apático,
e esmorecido,
Sem notícias suas amor, sofri!
Como nas grandes temperaturas dum inferno aquecido,
Sinto-me depressivo, em convívio com o destino,
Suplicando aos gritos!
Os mil graus do teu absorto amor.
Doce ninfa que me faz sofrer;
Latente dor o nefasto carinho,
E na distância dos corpos;
Uma ponte abre caminho;
Do beijo na boca fez tudo acontecer.