Identidade amante.
Uma identidade que não é minha, vazia sem jeito e sem cor.
Uma indiscreta culpa, coberta de dor e amor.
Um espaço cheio de compasso e no laço uma flor.
Um espinho sozinho, vazio é assim tudo que sou.
Estou em um sonho perdido, cheio de torturas.
Contido apenas um feliz carinho que não me faço sozinho por ter sido meu único amor.
Caindo estou, sumindo feito passarinho, sem imagem, sem personalidade e com uma eterna e simples tristeza, criada, entretanto por um simples calor.
Sim é verdade não enxergo mais aquela sinceridade, em vocês não sinto mais as purezas do amor, encantadas perdem-me no meu sofrimento, sem sorte, cai na hora errada e certa por preencher um único espaço vazio de amor.
Senti apenas uma grave sintonia que por luta insistia em me guiar, por um pobre coração que amargo, amado e amante, andou errante e agora pôs-se a me ajudar.
(Luciana Amaral)