Poema do riso

Um riso que endoidece todas as faces,

pela fresta, a avenida se envaidece...

sublime dor essa que alivia e renasce

e pela cidade um sóbrio louco agradece.

Aos recantos, desse mundo esquece,

a dor do sofrer em lágrimas sem amanhecer,

pasmados, emudecidos, sorriem desse entender

e o sol despe o corpo que responde, adeus aos açoites.

Que noite!

Advém o novo encanto que escarnece da promessa,

veste-se de festa no riso que a todos enaltece,

cai a estrela embriagada sem mais preces...

adentra um pouco na gargalhada que merece.

Vai! Canta o hino da colcha de retalhos colorida,

e a mão da velha que fenece no poema que já desce,

na quebranta dessas lágrimas secando as feridas

renasce da luz emergindo novo dia que floresce.

07/10/2006

Aisha
Enviado por Aisha em 31/10/2006
Código do texto: T278565