faz de conta
é tarde, vou partindo
sou navio deportado
nevoeiro nem me vê
um farol todo azulado
faz de conta que é você
que bela a cor de seus olhos
que belo o anoitecer
ainda que o meio do mar
não deixe a gente pensar
no que se deve fazer
mas vou partindo e vou voltar
no mesmo farol vou passar
no mesmo azul de você
e quando meu barco atracar
ninguém vier me abraçar,
faz de conta que chorar
é o melhor que pode haver
e se começar a chover,
aí é que vai melhorar