O BOTÃO E A PRIMAVERA

E de repente o viço debutante visitou aquela face de donzela

Tornando a semente que era ela no mais ardente dos botões

Sob os espreitos de inauditas emoções, foi debruçar-se à janela

Viu a chegada da primavera e no seu peito impetuosas inundações!

Ela encontrou nos versos do poeta o côncavo de seu convexo desejo

Logo o sabor do primeiro beijo sedimentou a mais gritante das paixões

Doou a pureza das sensações às arapucas de um ardiloso gracejo

E se deu ao primeiro cortejo rumo ao prazer de suas imaginações!

Conheceu o seu hábil amante sob o poder de seu corpo em nudez

Ao som das estrofes que lhe fez, viu-se qual diva imorredoura

Foi musa inspiradora e em seus lábios verteu deliciosa embriaguês

Em nome do amor que fez - eis prisioneira como nunca antes fora!

E mesmo agora, contemplando a jovem flor, o horizonte da ilusão

Jamais esquecerá que foi botão desabrochado pelos braços de uma fera

À janela ainda espera pelo regresso do poeta que roubou-lhe o coração

Para findar sua chuvosa estação e experimentar mais uma vez a primavera!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 09/02/2011
Reeditado em 22/08/2011
Código do texto: T2781453
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