PÓ NA ESTRADA
PÓ NA ESTRADA
Alva lua desponta no céu,
Embriagando o anoitecer,
Verte-se o brilho em mel
D’estrelas, ao escurecer...
Sonho ver todo de branco,
Vestido em traje de linho,
Um amor que quero tanto
Para aquecer o meu ninho.
Dançando com a melodia
Que escrevi para encantar
Tantos quantos forem dias
Para que eu possa embalar
Em meus braços este amor
Que vive para se sustentar,
Voando como belo condor
Nem se lembra de me amar.
Nem em sonhos me aquece,
Perco-o para essa escuridão,
Minh’alma gélida entristece,
Lágrima cobre meu coração.
Nem dormi vejo amanhecer,
Foi tão fria essa madrugada.
Virão tantas se não esquecer
Desse apenas, pó na estrada...
Mada Cosenza