Amarras

Totalmente presa

em amarras invisíveis,

sucumbo desconhecendo

aonde estou me prendendo.

Se é por amor...desamor...

...talvez por ironia,

uma simples hipocrísia

de um destino traiçoeiro

me prende em um laço

que eu mesmo faço

e aperto cada vez mais.

Erros de interpretação,

sentimentos que não se encontram

e afagos que nunca chegam,

A esperança acabando

em um poço me jogando

me deixando sem ação.

Penso então na vida

que deveria ser tão bonita

e cheia de paixão,

nos amores que imaginei,

em sonhos que sonhei

e jamais os encontrei.

Dos devaneios imaginados

de sorrisos encantados

só a pouco desfrutei

nos lábios de uma criança

e em seus abraços apertados

estão todos os carinhos que terei ???

mas sou ambiciosa...

Quero mais !!! Preciso mais!!! Muito mais !!!

quero encontrar aquele que me prometeu

e todo a mim se deu

para que pudesse escolher a parte que quissesse

e meu ele seria

de corpo alma e poesia.

seria um poeta só meu...

me contemplaria com versos apaixonados

de amantes embriagados

bebendo e vivendo desse amor

e resgatada eu estaria,

as amarras desataria.

Seus braços me acolheriam

libertos...soltos...qual fenix ressurgindo

voaríamos por todo infinito

unidos, e entrelaçados ...

até o dia final.

Tânia Regina Cardoso

SP 09/04/2003

Tânia Regina Cardoso
Enviado por Tânia Regina Cardoso em 25/06/2005
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