AMOR ALÉM DA RAZÃO
Quando tiraste minha roupa, e eu a tua.
Corpos unidos, sem despir a alma pura.
Até a lua intimidou-se de emoção.
Então vivemos, amor além da razão.
Metamorfose, sutil e bem sucedida.
Qual um casulo, envolvido à própria vida.
Na borboleta quando atravessa a rua.
E no momento, vê que a vida continua.
Como casulos, os corpos não se misturam.
Mas nossas almas-borboletas se procuram.
No sentimento de paixão que atravessamos.
Quando no ar criamos sonhos, viajamos.
Ultrapassando tudo o que possível fosse,
Para poder, viver prazer no amor mais doce.
Que toca a alma, e faz o coração da gente,
Ter alegria para a dor ficar ausente.
E a saudade, só na presença sentir,
Pois há entrega, até na hora de partir.
Sem deixa nada além de sonhos e esperança.
O ”para sempre” jamais será utopia,
Pois a presença estará junto todo o dia;
Sem definir se é momento ou é lembrança.