Claros Montes
Cabelos loiros e de pele rosada,
Um encanto de ser, uma delicia delicada,
Que vive sozinha, sem ser amada.
Está à procura de um grande amor,
Ser de muita sorte e de qualidade rara.
A lenda é mística e brilhante, um luar,
Que ilumina a vida de quem passa por aquelas terras.
Olhando para o alto e distante, vê-se Claros Montes,
Onde a história conta a vida dessa linda mulher,
Que nasceu para amar, que nasceu para encantar.
Claros Montes é uma cidade sagrada,
Onde o amor vive intensamente todos os dias,
Num elo sem fim com seus moradores,
Seres encantados que não sentem dor ou pavor,
Pois foram abençoados por uma doce menina,
Que sorri de noite e vive alegrias durante o dia.
Um doce de olhar, cativante e única, sem igual,
Sendo o símbolo do amor, com o seu rosto angelical.
Hoje a menina é uma grande mulher,
Suave e delicada como a seda,
Forte e iluminada como uma grande Valquíria,
Que fez de Claros Montes a sua Atlântida mítica,
E cobre de amor todos os que a tocam.
Mas sente a falta daquele que vive,
Em seus profundos pensamentos,
A ele deseja se unir,
E os dois se tornarem um só.
Não tema linda galega, o amor a encontrará,
Fará volúpias em seu espírito, animará seu coração,
E deixará a sua áurea leve como a pluma mais fina.
Os montes escuros, alvos e belos brilharão,
O seu sorriso simples, aberto e festivo ficará,
Feliz do escolhido, que a sua boca vier a tocar.
As siluetas do seu corpo lembram as ondas de um oceano,
Ou simplesmente as marolas das lagoas de Claros Montes,
Forte ou calma, tudo lembra a natureza, tudo lembra você.
Ser sagrado que viaja noite e dia a amar todos os amores,
E deixa sua terra natal cheia de encantos.
Feliz de quem passar por lá,
Pois um grande amor há de encontrar.
Claros Montes vive um dilema,
A fonte de amor e beleza,
Sente a tristeza de estar fria à noite,
E sem felicidade durante o dia.
É chegado o momento, o cavaleiro há de chegar,
Tomar a sua mão e com sua solidão acabar.
Não pare por um momento sequer doce menina,
Busque sempre por aquilo que tanto anseia,
Fuja da solidão, saia desse vazio sem fim.
Não deixe a vida desaparecer do seu espírito,
Não desista de ter o seu grande amor,
Pois o seu amor nunca desistirá de você.
Quem dera eu ser esse cavaleiro,
Quem dera fosse meu,
Esse amor verdadeiro.
Eu o buscaria nas auroras,
No canto dos pássaros,
Viajando sem ter o conhecimento do tempo.
Por seu amor, o tempo deixaria de ser tempo,
Apenas o toque do vento solidário,
Trazendo o perfume delicado do seu corpo,
Lembrar-me-ia do maior símbolo da minha vida.
A rosa mais ilustre da cidade mais linda,
Do alto dos montes que daqui dessa planície eu vejo.
Mas, sou apenas o orador, nada sou,
Sou apenas o orador.
Que deseja toda a sorte do mundo,
À menina de Claros Montes,
Que nasceu para dar a vida,
Mas vive um sério dilema.
Amar e ser amada,
Num sentimento que jamais tenha fim.
Sou seu terno adorador,
Em busca desse ser raro eu irei,
Encontrá-lo eu conseguirei,
E o trarei até você.
Para que o elo se cumpra,
E a felicidade possa ser sentida,
Pelo casal formado,
E por toda a cidade divina.
Assim, jura a lenda,
Sobre o terno garoto,
Que, por amor viaja o mundo,
A procura de um ser iluminado,
Para levá-lo até a sua amada,
Para entregá-lo a ela, para a felicidade dela,
E de toda a cidade abençoada.
Que fica lá nos confins das montanhas,
Alvas como as mais belas plumas,
Altas como as mais sagradas montanhas...
...Feliz de quem vive em Claros Montes.