Da espera do amor

Sempre esperei

que ele fosse chegar

com o frescor das manhãs

o perfume das maçãs

temperado

com cravo e canela

Nas mãos

um ramalhete de amor-perfeito

e uma poesia

bem singela

Mistura

do cheiro de café fresquinho

com pão

bem quentinho

No rosto

um sorriso matinal

e como tal

que ele fosse

um sujeito simples

um pouco matuto

um pouco astuto

sem ser oculto

ou indeterminado

levado

moleque safado

aprendiz

e sábio professor

Nunca desejei

os grandes feitos

sabia que ao chegar

ele traria consigo

os seus defeitos

Mas

que me levasse ao céu

todas às vezes

que fizéssemos amor

Veio

o entardecer

fez-se

o anoitecer

E ele

ainda não chegou

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 04/02/2011
Reeditado em 07/02/2011
Código do texto: T2772209
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