UM BILHETE

Na fina transparência do rosto gentil,
Um sonho perfumado e sutil...
Inocente na existência da brisa,
Que me cobre o corpo aveludado.
Num olhar apaixonado, estremeci
Sob os lençóis de cetim...
Doloridas marcas de amor,
Fincaram em mim.
E num bilhete, disse-me apenas
Que outra não haveria de amar.
Lançaste em um papel amarelado,
As lágrimas das palavras...
A dor que não soube me contar.

Adriana leal


Texto revisado por Marcia Mattoso