EXTASIADO

O que há de ser dos arsenais semânticos perante o intraduzível?

Se o indizível apela aos impulsos que lhe querem decifrar?

Eis a visão que não se pode comparar e o extrapolar de todo nível

Eis o paraíso irresistível que numa deusa-musa resolveu se tatuar!

Qual luzes boreais são esses olhos que me matam de tanta vida

Qual labirinto sem saída são tais minúcias de encantos incontáveis

Teus adjetivos são mais enumeráveis que as estrelas desconhecidas

Como águas de pedras caídas são teus beijos indomáveis!

Haja vigor filosófico ou iluminação gramatical que te alcance

Pois nenhum lance requintado natural chegou aos pés de teu desenho

É êxtase que não contenho e furta à lucidez alguma chance

Ainda que a sabedoria ao máximo avance - palavras eu não tenho!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 04/02/2011
Reeditado em 04/02/2011
Código do texto: T2771597
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