Minhas flores: A rosa e a mulher.
Alaridos ecoavam...
O pedido de uma flor,
para notar o ar com mais amor.
Vermelha, em meio campo verde
chamava a minha atenção,
ofuscava os meus outros passos
que não iam na sua direção.
Numa pedra sentado
avistava o horizonte,
adormecendo ao entardecer.
Quando a noite rugia
não sentia a cor da alegria,
o frio vadiava nas pétalas
sem deixar a suave fragrância,
inteirar-se dos pensamentos
que levam a lembrança,
da mulher amante amada.
Distante da casa,
resolvi que no outro dia
a rosa eu mudaria
para mais perto.
Altas horas da madrugada
o perfume invadiu o quarto,
a cor rubro nas paredes,
a porta se abriu
e Lucimar entrou.
Voltava do médico,
fora tratar duma triste dor,
disse-me que curada estava
e que no caminho colheu aquela flor,
que a iluminou ate em casa.
Condor Azul.