Na tristeza vulgar que sinto; pressinto,
O orgulho do insatisfeito que se faz no recinto
Desta alma impura, que navega no mar de absinto
Que são meus pensamentos e por mais que minto
Não existe alegria com as quais consinto
Sou desta febre, que acorda o moribundo que fito
Na soleira da porta, e que si ri deste meu plebiscito
Tenho um nó, na garganta e um dó deste esquisito
Que fornalha minha alma, temendo, crescendo aflito
Conciso e cônscio deste temor, que vez repito
Ah quireras da vida, nada é em cor neste suscito
Nasço a cada dia? Ou me permito esta noção, este conflito?
Amanhã é sempre uma probabilidade ou mais um mito?
Palavras são coisas de louco, expressa um rito e não o que sinto.