CORSÁRIO DA LUA

Marés e ventos

Que a noite embriaga

Pelas revoltas águas

Das juras

Sou corsário da lua

Na maresia fria do ar

A relembrar teu sândalo

Sudoeste ameno...

Ardem alíseos dolentes

A bufar nada perenes

Areia volvendo em balés

Eu cá. Pairando, sem fronteiras,

Velejando galés... Sou vaga sem eira...

Onda ligeira que morre em teus pés...