Impera a Dor do Amor
É nessa esperança
Que meu corpo frágil
Qual uma criança
Deseja tua presença
Com a fugaz crença
Que é teu o meu amor
Completamente sua sou
De alma inteira nua estou
Da arte uma avidez vontade
De estar e tuas mãos
Por outros fui moldada
Sou obra inacabada
De fugidias desilusões
Curastes a minha dor
Saliva quente
Do teu ser a fonte
Remédio da min’alma
Do mais puro amor.
Acordo e adormeço em ti
Meus sonhos
Nem mais domino
Imperas o meu viver
Deliro neste querer
Que faço por merecer
Agora somente
Degusta meu corpo
A falta do teu néctar
Teu êxtase
Que anseio em permanecer
Presença insuficiente
Deveras dor consciente
Que se deixa transparecer
Que meu amor também sentes.