DESEJO
Amor sublime que flecha a alma,
Que supre o sonho da companhia,
Do desejo de viver a dois toda poesia,
De dar e receber, exercício que acalma.
Mas se a sede do corpo não é suprida,
Se o sentido da vida também não é completo,
A sede do desejo ainda lateja no corpo repleto,
Vai corroendo o sonho e formando ferida.
O coração e a alma se suprem de quimeras,
O corpo e o instinto de paixão, volúpia e desejos,
Para a alma bastam afagos, abraços e beijos,
Enquanto o instinto quer bem mais que primaveras.
Coração e instinto em febre de querer,
Buscam infinitamente a lascívia do desejo,
Da poesia mesclada de luxúria e mero beijo,
Da carne carente, que aceita até se dar sem ter.
Amor sublime que flecha a alma,
Que supre o sonho da companhia,
Do desejo de viver a dois toda poesia,
De dar e receber, exercício que acalma.
Mas se a sede do corpo não é suprida,
Se o sentido da vida também não é completo,
A sede do desejo ainda lateja no corpo repleto,
Vai corroendo o sonho e formando ferida.
O coração e a alma se suprem de quimeras,
O corpo e o instinto de paixão, volúpia e desejos,
Para a alma bastam afagos, abraços e beijos,
Enquanto o instinto quer bem mais que primaveras.
Coração e instinto em febre de querer,
Buscam infinitamente a lascívia do desejo,
Da poesia mesclada de luxúria e mero beijo,
Da carne carente, que aceita até se dar sem ter.