Sobras de Afeto

Não me venhas com as sobras de afeto,

De há muito aprendi a descartar sorrindo.

Não me apareças somente nas horas tristes,

Únicos momentos que me queres por perto.

Não me digas versos poemas ou canções,

Adote transparência e atitude deixe de ser rude.

Doe as sobras para quem servistes o banquete.

Nos instantes de silêncio, ausências e paredões.

Não tentes mentir ou mascarar a verdade.

Tua alma em devaneios recusa a realidade.

Os abraços de teus braços os considero passado.

Sobras causam náuseas, dores, indigestão afetiva.

Teu afeto descartável virou lixo biodegradável.

Transformados em dejetos meu coração os rejeita.

Bom acordar dos pesadelos maquiados de sonhos.

Dispensar tuas sobras afetivas e reencontrar a vida!

(Ana Stoppa)

Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 01/02/2011
Reeditado em 09/02/2011
Código do texto: T2764680
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