ENTRE VERSOS E PRANTOS

Recorro a todos os poderes da fragilidade para voar sem céu

Ao desanuviar o véu que insiste ocultar a luz dessa revelação

Uma vez que em pleno chão desminto a rotação desse carrossel

Que me negou a doçura do fel e condenou-me à liberdade da prisão!

Achados meus retalhos, nunca me vi sob tamanha inteireza

E os fogos da tristeza se estatelam pelas noites dos artifícios

Que me castigam por seus benefícios, que me confundem com a certeza

Enchendo de fome a minha mesa, lotando de prantos meus sorrisos!

Eis que lá pelas tantas do fim, quis o destino propor um recomeço

Cobrando-me o que não tem preço, fingindo ser meu inimigo

Razão porque me asilou no desabrigo e me fortaleceu com o medo

Não quis guardar o seu segredo e nem o agasalhou consigo!

E agora todo o universo já conhece o grito ecoado em meu silenciar

Que nos meus versos vive a sangrar, que dançam valsa com o abandono

Só tu não sabes que estou chorando e o que calado vivo a falar

Porque teu coração não quer me amar e nem saber que eu te amo!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 31/01/2011
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