Ai amor
Que dizer do súbito olhar.
Que meu ser a face virar.
Quem disser o meu peito chorar.
De sem ser minha alma clamar.
Que adiar do desejo que tem.
Que afiar minha língua do bem.
Que suar minha veste também.
De vaiar todo beijo refém.
Que sentir do efêmero amor.
Que nutrir em meu sangue o sabor.
Quem partir no meu corpo a dor.
De sem ti, corpo atroz, sem calor.