Transparência sensual
Simplesmente,
O teu corpo me fascina:
Não há outra verdade
Que possa ser, Cravina.
Não há dizer que te ama
Se que de amor não vive,
Pois o que se reclama
É apenas paixão que tive.
Tuas insanas vontades
Que ao ar livre murmura
São de mim saudades,
À tua boca doce e pura.
Unicamente complexo:
Sou um sentir subumano;
De orgias sou teu nexo,
E de amor nada reclamo.
Cobiço-te o mel dourado,
Que aos lábios me encerra
Ao êxtase definhado
De desejos que pudera.
Tão frágil e delicada
É de beleza que te chamo,
Pois que é minha amada,
À pele rubra que eu amo!
(Poeta Dolandmay)