De corpos e almas
Fogo que o meu desejo arde é de ter
Possuir-te por completo, me deixar consumir.
Despir-me, te enudecer com meu olhar.
Esmorecer de tanto amar, calar a noite
Que nos banha, nossos corpos nus a olhar
A escuridão em volta, envolto no luar,
E devorar o alheio, recriar uma ilusão efêmera.
Na esperança de ser um só coração,
Só corpos os distinguem na claridão
Do dia que ainda não foi concebido.
Porque a noite, esta, apenas começou!