Incerto
Fosse do amor alma generosa
em que posto no peito vil espinho
dor não sentiria por estar sozinho
tenro espinho transformado em rosa.
Fosse da vida meigo vagabundo
que em ermas ruas cabisbaixo fica
vendo em cada olhar algo que irrita
o desnecessário desprezo do mundo.
Em nada sendo alma que vagueia
encarcerada no corpo em que luta
pelo pulsar dum orgão que reluta
em se apaixonar pela lua cheia.