Areia Sobre Tua Pele
Este poema faz parte do romance “Luci! Cor da Areia do Mar”, que estou escrevendo sobre um pescador e uma médica; ambos sofridos numa relação de amor anterior ao experimento de paixão entre os dois, que se descobrem e enfrentam o preconceito das duas famílias, por questões religiosas e financeiras. O poema reflete a apreciação do pescador a imagem da mulher em sua beleza deitada na areia da praia.
AREIA SOBRE TUA PELE
Vejo-te sentada na areia,
Com o vento ao teu cabelo a bater,
Descendo ao teu corpo de mulher que se sobressai,
Até chegar aos teus pés descalços!
Ficas como a uma outra chance a esperar,
Buscas respostas por entre as levas do mar,
Ondas que quebram até chegarem à praia,
Vistas por teus olhos molhados de lagrimas!
Tais ondas em sua brancura,
Ondas que espalham aos teus pés as suas espumas,
Não saciam por prazer os teus desejos,
Eles, tu escondes de mim às sombras dos teus medos!
O vento forte levanta uma leve poeira,
Seus grãos se apegam ao teu corpo,
Grudam aos teus pólos como se fossem estrelas,
Por sobre a tua pele cor de areia!
O vento que as traz,
Camufla-te ao mal,
De todos os que te abatem,
Livrando-te assim, da solidão pertinaz!
Pelos grãos de areia,
Foste escondida em teus medos!
Bem que eu também gostaria de ser,
Como os grãos que descem por entre os teus seios!
Vejo o teu corpo coberto de areia,
Tua pele reluz como uma centelha,
Teu rosto... Teu ventre... Tuas pernas... Teu tornozelo...
Faz-me pensar em ti como uma sereia!
No meio deste mar,
Enquanto sentado ao meu barco,
Fico a te observar... Algo como um sonho acordado...
Eu sei: Sou apenas um pescador... Tenho receio de ti apreciar!
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