AS VEZES ATÉ ME MATO

AS VEZES ATÉ ME MATO

Procuro os temíveis ouvidos,

Embutido nas entranhas das paredes...

Confidencio-lhes que passem aos meus sentidos,

Todas as coisas que ouvem...

Uso o tato,

Colo nelas as orelhas,

Às vezes até me mato,

Às vezes ficam vermelhas...

O que mais queria ouvir elas não falam,

Se calam...

Um grunhido que venha talvez,

Quero ouvir a sua voz,

Imaginar a sua alva tez.

Parece-me que ela partiu veloz,

como um albatroz...

Goiânia, 27 de janeiro de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 27/01/2011
Código do texto: T2754736
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