FEBRE DE ARDER O OLHAR

O cais, à tarde, perde o fio da razão

Na vazão emocional da visão do mar...

Eis o porto de meu titânico coração

A ancorar dores de amor, navio a navio...

Cada embarcação a fundear, um arrepio...

Explode o seu segredo, torpedo a me emborcar

Avança o mar em meu peito pequeno

Nessas vagas de prender meu olhar arredio...