CEGO DE SAUDADE ( Alexandrino )

CEGO DE SAUDADE

É eternamente o amor foi-se, passou meu bem.

Aquela sensação gostosa da presença

Tornou-se vaga como se fosse ninguém,

Afastando abrupta sem pedir licença.

Naquele tempo lindo dizia-se amém,

Partiu-se até a amizade, desfez a aliança.

Seguir é exigir muito de nós também,

Evapora-se como mágica a esperança...

Volver os olhos sem mácula no futuro,

Esforça-se conviver com a ansiedade,

O que está escondido embaixo do obscuro.

Embora qualquer ato leve à falsidade,

Por mais luz que tenhamos, fica-se no escuro.

Aí, não se consegue enxergar nem a saudade...

Goiânia, 26 de janeiro de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 26/01/2011
Código do texto: T2753801
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