Quando Vens…

Nunca sei

Se é por mal

Ou por bem

Nessa altura aleatória…

Quando Vens…

Lá troca tudo de lugar

No meu interior

O mundo deixa

Ou passa a fazer demasiado sentido

Porque não te sinto

Apesar

De estares comigo…

Numa espécie de peregrinação

Que tanto é para me ver

Como teres para ti

Uma espécie de absolvição…

Pelo pecado da ausência

Que faz mais mal a ti

Do que a mim

Porque as ausências

São a praia

A minha

Por onde costumo andar

E por isso se estás

Ou deixas de estar

É tão subjectivo

Como relativo

Mas tal me incomoda

Pelo facto

De preferir

Um estado

Permanente

Ao invés

De uma vida

Intermitente

Sendo que por isso

Preferia que viesses de vez

Ou que partisses para sempre

Para fazer do meu futuro

O meu momento presente…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 26/01/2011
Código do texto: T2753740
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