Quando Vens…
Nunca sei
Se é por mal
Ou por bem
Nessa altura aleatória…
Quando Vens…
Lá troca tudo de lugar
No meu interior
O mundo deixa
Ou passa a fazer demasiado sentido
Porque não te sinto
Apesar
De estares comigo…
Numa espécie de peregrinação
Que tanto é para me ver
Como teres para ti
Uma espécie de absolvição…
Pelo pecado da ausência
Que faz mais mal a ti
Do que a mim
Porque as ausências
São a praia
A minha
Por onde costumo andar
E por isso se estás
Ou deixas de estar
É tão subjectivo
Como relativo
Mas tal me incomoda
Pelo facto
De preferir
Um estado
Permanente
Ao invés
De uma vida
Intermitente
Sendo que por isso
Preferia que viesses de vez
Ou que partisses para sempre
Para fazer do meu futuro
O meu momento presente…