Uma palavra solta
Uma palavra solta brinca,
travessa, no céu da boca.
Verso e silêncio.
Poema e som.
Construo na linha finita do
papel – antes imaculado –
a estrutura e forma de uma estrofe.
Verso cá.
Poema lá.
Ciranda de palavras que de
mãos dadas repetem
um sentimento.
Será amor?
Será paixão?
Não sei.
Apenas os versos aqui saberão.
Talvez seja tão somente
a tentativa de traduzir o
que o peito chora,
vertendo em lágrimas a
dor que sente e,
novamente, perguntando:
Será amor?
Será paixão?