Sempre, o amor...
Havia um amor sozinho e um acompanhado
Um que não curtia e outro defasado
Um amor tão tonto que foi desprezado
E outros tantos quantos que não foram contados
Havia um que amava o passado
Que o futuro enciumado pereceu calado
Seu substituto triste e enfadado
Seguiu como autômato bisonho e acanhado
Mas há os amores que honram seus nomes
Partem tão vorazes e com tamanha fome
Queimando as vontades, a mulher e o homem
Que de tanto amarem a si mesmos consomem
Amores perfeitos procuram lugar
Que se aperfeiçoem pra depois amar
Os que não conseguem ficam a chorar
As chances perdidas que viram passar
E os amores partem inseguros, felizes
Para as aventuras, corajosos e firmes
Se entregando sem por a si mesmo limites
Sob a compulsão que não há quem evite