RECANTO FÚNEBRE DE TANTO AMAR

Pelos "cantinhos" de tua linda boca

Atravesso o meu portal do qual me encanto...

E quando sorris então, vejo nas constelações do céu de tua boca, o troféu brilhante de estrelas que me fazem perder a conta de tanto contar ás miríades que nela há...

Teu hálito é a brisa fresca da noite enluarada,

Dá vontade de molhar a garganta como uma só talagada...!

Você sorri macio, como relva que dá paz e vontade de deitar, rolar, e esquecer que o mundo Gira através da gente...

Quisera eu ser tão dócil, como o olhar que de seus púlpitos olhos carentes me fazem despir-me, sem o pudor contido na fome incessante dos amantes...!

Entro e adentro louco viajante pela tua íris, como pestanas de colibris buscando bálsamos de ambrosia, tão queridos pelos deuses da mitologia...

Me perco buscando larvas incontidas e que pulsam vulcanicamente do meu peito celerado,

Seria um desperdício para um pintor, tentar te descrever com pinceladas, ele não alcançaria o Fulgor de tua beleza, ou jamais poderia retratar com suas mãos e em seus quadros, o sentir de um ser apaixonado, umbilicalmente enamorado !!!....Tão enamorado que se pudesse morrer nos braços-ninho deste seu amor, como faziam com os pássaros-pretos do sertão, que ao cegá-los, passavam a cantar mais melodiosamente ou mesmo tristemente a marcha fúnebre da saudade deste amor... !

Assim o faria, e entraria pelos teus olhos em que consigo distinguir na noite escura da alma!!!

E bastaria um só sorriso teu meu lindo jasmim....Meu amor ! Que eu morreria feliz

Numa dessas covinhas que acendem em teu rosto quando ris pra mim!