Orientação
O sentido das coisas
Tem um sentido único
Lacônico, íngreme,
E vário e tanto e inúmero.
Cheio de gozo e melindre!
Há algum sentido?
Sei lá...
Só sei, que sigo!
Será até quando
Tanto e nenhum perigo?
Até quem sabe,
Eu me canse
Ou avance contra o próprio umbigo?
O sentido das coisas
Berrando no meu ouvido
Feito criança, chorando
Porque largou a mão da mãe!
Lembro-me do cesto de pães,
Os gestos, as preocupações,
As noites, palpitações, manhãs,
O mesmo caminho dos olhos
Nos sobressaltos do coração,
Ah, os sentidos das mães...