Orientação

O sentido das coisas
Tem um sentido único
Lacônico, íngreme,
E vário e tanto e inúmero.
Cheio de gozo e melindre!

Há algum sentido?
Sei lá...
Só sei, que sigo!
Será até quando
Tanto e nenhum perigo?
Até quem sabe,
Eu me canse
Ou avance contra o próprio umbigo?

O sentido das coisas
Berrando no meu ouvido
Feito criança, chorando
Porque largou a mão da mãe!


Lembro-me do cesto de pães,
Os gestos, as  preocupações,
As noites, palpitações, manhãs, 
O mesmo caminho dos olhos
Nos sobressaltos do coração,
Ah, os sentidos das mães...
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 24/01/2011
Código do texto: T2750071
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