Tuas Horas
Quantos sais precisam
Para que o perfume corroa a água
E quantos aís precisam
Para que nas mãos saia teu cheiro de mãgoas
Meus sais,no vidro translúcido evaporam
Minha pele,sente o frescor de tuas horas
Meu relógio perene e pulsante
Sente teu âmago febril
Desde o luar que você partiu
Meus aís são rarefeitos
Loucos,roucos e imperfeitos
Sussurram e queimam da tua alma
Ainda levitando em meus desejos
Mudando a cor da minha aurea
Meus sais aos meus ais se misturam
Nessa água nua e pura
Que das minhas mãos escorrem
Sob o brilho da luz que me envolve
Desaguando tuas mãgoas e meu ar
Nessa água que te espera
No meu mar.
®IatamyraRocha