MEU SILÊNCIO
NÃO QUERO FALAR
DENTRO DAQUELE LUAR
QUE DESENHAVA MINHA DOR
DEITADA NO CHÃO
UMA IMAGEM NO CLARÃO
DO MEU DESAMOR.
VEJO ALÍ CALADO
MEU RETRATO IGNORADO
JOGADO NO CHÃO VAZIO
UMA TERRA INFÉRTIL
ONDE O AMOR FÉRTIL
DESABROCHAVA O LUAR FRIO.
FALAR NÃO QUERO
DAQUI DO LUAR ESPERO
NO SILÊNCIO IMPORTUNO
DENTRO DO OLHAR SOFRIDO
QUE NÃO É ATREVIDO
NO LINDO NOTURNO.
O LUAR ME CALOU
NESTE CAMINHO QUE MOSTROU
MEU DESENHO DESGOSTOSO
QUE MORRIA LENTO
SEM UM PINGO DE ACALENTO
NO NOTURNO SILENCIOSO.
ASSIM FIQUEI MUDO
ASSISTINDO ALÍ TUDO
NAQUELA LINDA BRANCURA
QUE EXIBIA SEM LINGUAGEM
A ENCANTADORA IMAGEM
DA MINHA VENTURA.