Estrela chegou!
Minha Estrela chegou...

Que alívio!
Agora sim,
Está, definitivamente, bloqueada,
Em mim,
Toda e qualquer forma de suplício!
É a nova Constituição institucionalizada!

Faltava ela...
A flor da nossa janela!
O equilíbrio,
Do nosso particular hospício!
O carinho incondicional!
A fidelidade... Celestial!!

Quando a vi no aeroporto,
Fugiu o sangue do meu rosto...
Minhas pernas tremeram,
As vistas escureceram... 
Houve um rápido pânico,
Bem no centro do âmago...

Fato esse, vergonhosamente, previsível,
Diante de circunstância tão sensível...
Ela estava largada...
Não reagia,
Nem latia...
Claro, concluí: está sedada!

Quando fui tirá-la do transporte,
Ela ameaçou um pequeno pinote
E saiu sozinha
Da casinha.
Grudou em mim,
Provando que nossa ligação não tem fim.

É para sempre!
Estamos ligados no ventre
Do mundo...

Durante a viagem,
Deitada em meu colo,
Lembrei-me de todas as paisagens,
Em que oferecemos nosso solo...
Lembrei-me de tudo,
O que nos ofereceu o mundo...

Os sobressaltos!
Os saltos...
Ah! Como saltamos...
Como, heroicamente, voamos...
Somos mestres da resiliência,
Na batalha por alguma sapiência!

Daí esse gostar tão profundo...
Tão potente,
Tão contente!

Treze anos e meio juntos!
Cada vez mais, unidos...
Mais misturados...
Despudoradamente enlevados!!!


Estou pronto, minha Bahia!
Quero lhe oferecer a melhor melodia!



Obs: Estrela é minha companheira canina,
Inspiração de minha alegoria!


Música indicada:

http://www.youtube.com/watch?v=ypHzUJwcPvU
Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 23/01/2011
Código do texto: T2747112