Quando- à Áurea: a bela flor de cactus!

A espera desconcerta;

Deixa que esqueçamos pequenas coisas que os dias

desejam que se realizem;

Nossa rotina se vai, esquecida de seus deveres;

E nós, à revelia, valsamos conforme a música,

velejamos sem bússola...

Tudo pela espera!

Tudo pelo anseio do encontro;

Do sorriso do sim;

Do calor da aceitação;

E vamos a cada instante ao encontro do que desejamos;

(Vivemos em cada um desses instantes a realização

do desejo da espera);

Quando?! é a realidade, (esperança alimentada pelo

sentimento de amor!)...

Quando?! é a pergunta sem resposta!

É a controvérsia da razão!

É o medo de perder sem ter tido!

Quando?! é o que tem que ser perguntado...

Quando?!. Quando?!. Quando?!.

É o delírio do sono não dormido!

É a vaga na noite fria sob o lençol!

É o desnorteio nas manhãs sombrias e sem o sol!..

Quando haverá a resposta?!.

Quando será perguntado até quando?!.

Murmura,óh,alma morna,balbucia ao menos

a razão do teu desalento!

Não queiras que a sorte seja o norteio do

teu desejo!

(Pois que a sorte é dos inválidos!);

Sê ao menos um pouco do teu fogo em prol das

respostas que procuras!

Vá, e diga: vamos, que o caminho é este!

Vem, que já é tarde e tenho sede!

Vem, que estou pronto há tempos para a partilha!

Derramemos nesses campos o suor da

corte da vida,

Que nos espera, já compassiva, pois vislumbrou

que não há desterro nas coisas

que a criança deseja!

Nem no que é produto da inocência...

Ouve, o som que os anjos encantam;

É nosso o tempo, não a espera!

Sim, vem sob as asas do riso que conforta,

E que a vida seja doce o tempo que for

possível...

Ah, encanto, que fazes tu da paz?!.

Quando será tu a paz?

Quando trarás a luz que em ti depositei?

Quando será o dia que a esperança criou?..

Quando?!. Quando?!. Quando?!.

Geraldo Magella Martins
Enviado por Geraldo Magella Martins em 23/01/2011
Reeditado em 23/01/2011
Código do texto: T2747055
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