Sensibilidade Adormecida

Uma tormenta congelou meus devaneios,

Pântano movediço que inoculou minha saudade,

A solidão calou fundo tímida sensualidade

Que brotava apática numa esperança que não veio.

Pranto reduzido a cinzas da escuridão

Que cobriu meu imberbe sono sem retrato...

Uma sombria tempestade consumou de fato

O pálido adormecer do meu solitário coração.

O vendaval trouxe uma estrela cadente

Que mesmo sem brilho me salvou de repente

Do infortúnio insensível de irreversível depressão...

Na atmosfera viu-se uma chuva fina incolor

Que rastreou no deserto o que havia de amor

E um mar de sensibilidade surgiu despertando minha emoção!

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Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 21/01/2011
Código do texto: T2743558
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