AMOR VII

AMOR VII

O amor é o começo de todas as manhãs

O nascer, o alvor dos dias.

O amor é o astro principal e central do sistema planetário

De esplendoroso brilho e eterna luz.

O amor é o líquido composto de hidrogênio e oxigênio

Sem cor, cheiro, ou sabor e de aparência cristalina.

O amor é a gota que da planta destila e repousa no subsolo

Flui suavemente nos rios, lagos e nascentes para dar a vida.

O amor rodeia continentes, é a beira do mar levemente inclinada

Coberto de areia, pedregulhos, fragmentos de rocha, por ele banhado.

O amor é órgão reprodutor complexo, de fonerogâmicas ou espermatófitos, constituído por cálice, corola, androceu e gineceu.

O amor é a parte mais nobre, mais distinta e mais fina de um conjunto

Ou de uma coletividade.

O amor é a substância preparada pelo inseto himenóptero melifico

Que a custa do néctar recolhe de flores selecionadas.

O amor é a transformação de sacarose, em glucose e levulose

A sua posterior concentração nos alimenta.

O amor é a mistura de gases invisível, transparente, sem cheiro

É compressível e elástico e dele é composto a atmosfera.

O amor é a mistura gasosa que envolve a Terra e nos rodeia de perto

Por ele estamos como que imersos.

O amor é o conjunto de plantas cerradas que povoam terrenos

Ramifica da menor a maior altura do solo, o homem não desbravou.

O amor é o animal sagaz que voa através do horizonte

É águia e não se deixa ser apanhado com facilidade.

O amor está contido no alvorecer e na beleza do sol

Está nos rios, lagos e oceanos.

O amor está na formosura das flores e no mais excelente mel

Está na suavidade do ar e nos mistérios das florestas.

O amor é muito mais do que o próprio universo

É eterno e está dentro de cada um de nós.

Daniel de Menezes Costa